Mostra de trabalhos artesanais do Grupo ‘Arte e Vida' segue até quinta

Saúde
07/12/2010 15h46

"Isso aqui é uma terapia, uma distração. Fazendo arte, temos também uma tarde de alegria, de riso, de muita movimentação. Eu saio daqui livre, leve e solta". Com essas palavras, a dona de casa Osanilde Oliveira, usuária da Unidade de Saúde da Família (USF) Edézio Vieira de Melo, define sua participação no grupo ‘Arte e Vida', que trabalha com a confecção de peças de artesanato.

De hoje até a próxima quinta-feira, 9, o trabalho desenvolvido pelo grupo estará exposto na unidade, localizada na rua Paraíba, s/n, bairro Siqueira Campos. Terezinha dos Santos, uma das artesãs da turma, afirma que a atividade é enriquecedora. "Estou muito feliz de fazer parte desse grupo. Para mim foi ótimo porque muitas coisas eu sabia, mas tinha esquecido e precisei reaprender", afirma a artesã.

Sua colega Maria Conceição é aposentada e também se diz feliz por estar fazendo novas amizades e ganhando uma renda extra. Já Silvanete Vieira conta que o grupo é uma excelente oportunidade de aprender uma nova atividade e ensinar para outras pessoas.

Iniciativa

A iniciativa da criação do ‘Arte e Vida' é da auxiliar de enfermagem Rosenilia Maria da Conceição. Ela explica que tudo começou com o grupo de idosos. "Foi a partir do trabalho do grupo de idosos que resolvemos ampliar as ações para todos que tivessem interesse", explica a auxiliar.

Além de se distrair, as participantes ganham uma renda extra. "O que é feito aqui, em grupo, tem a renda revertida em investimentos para o próprio grupo, para a compra de materiais, por exemplo. Já o que é feito na casa de cada uma, por conta própria, tem o lucro totalmente revertido para elas próprias", diz Rosenília, que demonstra, com brilho nos olhos, o amor que tem pelo que faz. "Eu estou me aposentando e a atividade preenche meu tempo, eu gosto, pesquiso técnicas, faço cursos para passar para minhas alunas".

Pesquisa

O grupo ‘Arte e Vida' está sendo tema de uma pesquisa acadêmica. "Tem uma turma de estudantes universitários que está fazendo uma pesquisa com as mulheres do grupo e realizando uma série de análises dos prontuários, verificando se houve redução na quantidade de consultas e atendimentos a pessoas envolvidas nessas atividades. Se elas estão tomando menos remédios e se estão bem de saúde, ficará provado que o trabalho foi além, superou as nossas expectativas", esclarece Rosenília.